

PICO, o vulgo “Cara Cinza” como nós o chamávamos, parecia ser do Ártico, pois ele era esbranquiçado como a neve, era uma união só, um cuidava exatamente igual ao outro... Tão meigos, uma simpatia sem igual, mas eu não encontro outra palavra precisa para demonstrar ou explicar o tamanho do meu Amor por eles...
Nós evoluímos praticamente juntos... dividíamos o quarto, a cama, tudo... Tudo mesmo! Aonde que eu ia, “ela” estava lá também... Me esperava a noite em cima do muro, ou mesmo na janela, parecia pressentir minha chegada, tão educadinha...
Havia vezes em que ela ficava parada me olhando de longe com aquele olhar do tipo: "O que você está fazendo aí?" ou: "Posso ir aí também?". Era só eu dizer: "Vem!" ou "Chega mais." que ela vinha correndo até mim.
Fatos engraçados aconteciam com a gente. Quando eu dizia que ia nanar ou apenas começava a subir as escadas até meu quarto à noite ela era a primeira a chegar e ir se aconchegando. Um docinho... Nós éramos tão parecidas no jeito de ser que me dói ter de lembrar que ela foi embora pra sempre e que está tão longe de mim...
Como eu, ela não era de falar, não comia muito. Ela adorava dormir. De preferência no meu colo! E era também muito carente de atenção, porque, quando ela precisava muito de mim, ela agarrava em minhas pernas até que eu a pegasse em meus braços e lhe fizesse cafuné. No quintal, sala, cozinha ou quarto, onde quer que ela estivesse, era só eu chamar pelo seu nome que a PITTY, delicadinha “Cara Preta”, aparecia...
Seu miado comparado com palavras o som que se escutava era de MÃE... e de tanto ouvir isso passei a chamá-la de filha. Esse meu neném de olhos grandes e de olhar cativante me passava tanta paz... Várias e várias vezes, quando eu não queria ver ninguém, que estava só e triste, ela estava comigo...
A gente se amava de montão. Quando eu fui morar fora pra estudar senti demaiszão sua falta e esse sentimento com certeza era recíproco. Nos pouquíssimos finais de semana em que eu voltava pra casa matávamos de maneira calorosa nossas saudades. Podiam estar todos na sala, deitados no chão ou sofá que, ao me ver, ela ia ao meu encontro, em busca de proteção e refúgio. A gente se entendia muito bem e pra valer. Bastava um único olhar. Ela me deu forças pra continuar quando precisei, me fez companhia nas minhas incertezas e decepções, me deu apoio nas quedas que tive. Talvez até ela estivesse me passando à mensagem: “Nunca desista!”. Eu juro que não vou desapontá-la... Eu prometo!
Às tardes nós nos sentávamos na sacada e olhávamos no horizonte. A paisagem no escurecer do dia... e os carros passando... Por horas, horas e horas... Era uma excelente companhia...
Depois de dois anos, após tropeços e falhas, ainda juntas estávamos, até que um dia... Um trágico acontecimento mudou o rumo de nossa história...
Eles se foram. Arrancaram de mim meus amores. Meus dois filhotes foram tirados de mim. Estou desolada com este caso. De repente bateu um vazio. A solidão voltou. Já não tenho esse espaço preenchido. Só restaram as lembranças que não passam. Eu perdi meu céu, meu chão, e meu mundo. Levaram com eles uma grande parte de mim. Que chora. E em prantos e soluços de indignação, ficam tatuados nesse coração que já não pode agüentar essa dor. Eu nesse dia também morri. Nada vai trazer essa felicidade de volta. Não tenho o que fazer!
Estou sofrendo demais. Meu pequetito coração esta em cacos. Espatifados por aí. Ela era tão chamuscadinha. Com o narizinho preto. Mas o que me marcou foram seus olhos. Retratavam o céu com uma perfeição tamanha. Parecia não existir. Seu andar era bandoleiro e característico... Mal podia se notar sua presença.Pelo seu silêncio e por sua maneira dócil de ser. Estarei pensando em vocês. Meus filhotes. A cada dia, a cada hora. E em todos os momentos da minha vida. Porque quando se ama alguém de verdade, esse Amor é pro resto da vida. E assim eternamente, pra sempre, será!
Nós evoluímos praticamente juntos... dividíamos o quarto, a cama, tudo... Tudo mesmo! Aonde que eu ia, “ela” estava lá também... Me esperava a noite em cima do muro, ou mesmo na janela, parecia pressentir minha chegada, tão educadinha...
Havia vezes em que ela ficava parada me olhando de longe com aquele olhar do tipo: "O que você está fazendo aí?" ou: "Posso ir aí também?". Era só eu dizer: "Vem!" ou "Chega mais." que ela vinha correndo até mim.
Fatos engraçados aconteciam com a gente. Quando eu dizia que ia nanar ou apenas começava a subir as escadas até meu quarto à noite ela era a primeira a chegar e ir se aconchegando. Um docinho... Nós éramos tão parecidas no jeito de ser que me dói ter de lembrar que ela foi embora pra sempre e que está tão longe de mim...
Como eu, ela não era de falar, não comia muito. Ela adorava dormir. De preferência no meu colo! E era também muito carente de atenção, porque, quando ela precisava muito de mim, ela agarrava em minhas pernas até que eu a pegasse em meus braços e lhe fizesse cafuné. No quintal, sala, cozinha ou quarto, onde quer que ela estivesse, era só eu chamar pelo seu nome que a PITTY, delicadinha “Cara Preta”, aparecia...
Seu miado comparado com palavras o som que se escutava era de MÃE... e de tanto ouvir isso passei a chamá-la de filha. Esse meu neném de olhos grandes e de olhar cativante me passava tanta paz... Várias e várias vezes, quando eu não queria ver ninguém, que estava só e triste, ela estava comigo...
A gente se amava de montão. Quando eu fui morar fora pra estudar senti demaiszão sua falta e esse sentimento com certeza era recíproco. Nos pouquíssimos finais de semana em que eu voltava pra casa matávamos de maneira calorosa nossas saudades. Podiam estar todos na sala, deitados no chão ou sofá que, ao me ver, ela ia ao meu encontro, em busca de proteção e refúgio. A gente se entendia muito bem e pra valer. Bastava um único olhar. Ela me deu forças pra continuar quando precisei, me fez companhia nas minhas incertezas e decepções, me deu apoio nas quedas que tive. Talvez até ela estivesse me passando à mensagem: “Nunca desista!”. Eu juro que não vou desapontá-la... Eu prometo!
Às tardes nós nos sentávamos na sacada e olhávamos no horizonte. A paisagem no escurecer do dia... e os carros passando... Por horas, horas e horas... Era uma excelente companhia...
Depois de dois anos, após tropeços e falhas, ainda juntas estávamos, até que um dia... Um trágico acontecimento mudou o rumo de nossa história...
Eles se foram. Arrancaram de mim meus amores. Meus dois filhotes foram tirados de mim. Estou desolada com este caso. De repente bateu um vazio. A solidão voltou. Já não tenho esse espaço preenchido. Só restaram as lembranças que não passam. Eu perdi meu céu, meu chão, e meu mundo. Levaram com eles uma grande parte de mim. Que chora. E em prantos e soluços de indignação, ficam tatuados nesse coração que já não pode agüentar essa dor. Eu nesse dia também morri. Nada vai trazer essa felicidade de volta. Não tenho o que fazer!
Estou sofrendo demais. Meu pequetito coração esta em cacos. Espatifados por aí. Ela era tão chamuscadinha. Com o narizinho preto. Mas o que me marcou foram seus olhos. Retratavam o céu com uma perfeição tamanha. Parecia não existir. Seu andar era bandoleiro e característico... Mal podia se notar sua presença.Pelo seu silêncio e por sua maneira dócil de ser. Estarei pensando em vocês. Meus filhotes. A cada dia, a cada hora. E em todos os momentos da minha vida. Porque quando se ama alguém de verdade, esse Amor é pro resto da vida. E assim eternamente, pra sempre, será!
"Amo vocês, Pico e Pitty!
Saudades eternas da mamãe JULIANA."
Saudades eternas da mamãe JULIANA."
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