Existem dois tipos de pessoa...

Isso é um nó feito à língua num cabinho de uma cereja.

Todo mundo tem um desejo. Todo mundo tem vários desejos, mas dentre tantos, existe aquele realizador, aquele idealizado por meses, maquinado horas e horas sofre como conquistá-lo. Por vezes fica perdido por anos, esquecido por décadas, mas nos lembramos dele um dia com nostalgia, com vontade de pegar de novo, de segurar nas mãos aquele pedacinho de memória que logo logo nos escapará novamente, talvez não realizado mais uma vez.
Você, alguma vez, já parou pra ver a chuva? Já esteve na rua, caiu um toró, saiu correndo e quando chegou em casa, tomou seu banho quente, olhou ao redor e viu a solidão? Então olhou para a janela e pediu companhia para a chuva que caía?
Você já deve ter ficado chateado com uma derrota importante, mas você já chorou por amor? Já sentiu aquele aperto no estômago ao ser recusado?
Você já deve ter sentido medo, mas você já esteve realmente em perigo? Já se sentiu acuado? Você já foi assaltado e depois de entregar tudo, mesmo sabendo que fez o certo, pensou se "não devia ter reagido?"
Você já teve a impressão de estar sendo seguido, de estar sendo vigiado?

....."Existem dois tipos de pessoa:
.....Aquelas que quando algo dá certo, ou que quando conseguem o que querem, vêem nisso apenas mais uma obra do acaso, algo predestinado a acontecer. Essas pessoas quando estão em uma situação difícil sentem que nada poderá salvá-las a não ser sua própria capacidade e competência diante dessa situação.
.....Mas existem aquelas pessoas que vêem em tudo um sinal. Nada é feito por acaso, existe uma ordem para que as coisas aconteçam e nós estamos aqui para interferir ou fazê-las acontecer. Mas que acima de tudo acreditam numa força superior a nos reger. Essas pessoas quando estão em uma situação difícil, não se desesperam, porque aconteça o que acontecer, vai ter Alguém olhando por elas.
.....As pessoas do primeiro tipo sentem medo, e numa situação crítica choram porque sabem que estão sozinhas no mundo.
.....As pessoas do segundo tipo vêem a situação difícil como um degrau a ser transposto, um degrau alto e escorregadio, que talvez não consigam transpor, mas conseguindo ou não, independente do futuro que as aguarda, elas sentem Paz, porque não importa onde estejam, existe alguém acima delas e elas sabem disso.
.....Isso te conforta? Você mesmo deve definir a qual grupo de pessoas você pertence."

Esse é o melhor trecho de um dos meus filmes favoritos, um monólogo curto e fantástico de um ator excepcional em um filme que deveria ter sido melhor analisado pela crítica.
Ganha um presente quem se lembrar de que filme é esse trecho, ou qual seu ator.
Mas o mais importante: Reflitam.

Que 2006 PAVORE! Para todos!